quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

A PRIMEIRA VISÃO - PARTE 1 - CONTRADIÇÕES













"A Primeira Visão do Profeta Joseph Smith constitui a base da Igreja que mais tarde foi organizada. Se esta Primeira Visão foi apenas uma ficção da imaginação de Joseph Smith, então a Igreja Mórmon é o que seus caluniadores declaram ser - uma impostura ímpia e deliberada" (The Abundant Life [A Vida Abundante], pp. 310-311).


Se existe uma chance, ainda que remota, de que este ponto central na história Mórmon seja uma invenção, qual o "Santo dos Ultimos Dias" (SUD) não quereria saber todos os fatos pertinentes? Este texto fornece evidência histórica que coloca A Primeira Visão de Joseph Smith sob uma nova luz. Muitos Santos dos Ultimos Dias hoje continuam desconhecendo detalhes históricos significantes que foram intencionalmente omitidos ou suprimidos, inclusive os seguintes fatos [2]:


(1) De acordo com a evidência histórica, o fato de Joseph Smith ter se perguntado qual era a igreja verdadeira não poderia ter sido movido por um reavivamento em 1820, já que não houve reavivamento em 1820 em nenhum lugar próximo a Manchester, Nova York, onde ele estava vivendo. Um reavivamento, como descrito por Joseph Smith, ocorreu lá, sim, em princípios de 1824. Contudo, isto vem então destruir seriamente toda a história de Joseph, porque nao há tempo suficiente entre a Primeira Visão e a publicação, em 1830, do Livro do Mórmon, para todos os acontecimentos descritos na história da Primeira Visão.


(2) Existem outros relatos anteriores à Primeira Visão, inclusive um manuscrito do próprio Joseph Smith, que não faz nenhuma menção à aparição do Pai e do Filho. Pelo contrário, estes relatos anteriores se referem a um anjo, um espírito, muitos anjos, ou o Filho. A história na forma atual, com o Pai e o Filho, não aparece até 1838, muitos anos depois que Joseph alegou ter tido a visão.


(3) Os detalhes agora conhecidos sobre o começo da vida de Joseph contradizem sua alegação de que ele foi perseguido em 1820 por contar a história da Primeira Visão. Como jovem, ele participou de encontros Metodistas, e mais tarde entrou para uma classe de aula da Igreja Metodista. Nenhuma perseguição foi registrada.
Nenhum Reavivamento Em 1820


A vizinhança de Joseph Smith não experimentou nenhum reavivamento em 1820 como ele descreveu, no qual "grandes multidões" teriam entrado para as igrejas Metodista, Batista e Presbiteriana.


De acordo com fontes anteriores, inclusive relatórios de conferências de igrejas, jornais, informativos eclesiásticos, registros de presbíteros e entrevistas publicadas, nada ocorreu em 1820-21 que se encaixe com a descriçao de Joseph.
Não houve ganhos significativos no número de membros das igrejas dentro da área de Palmyra-Manchester, Nova York, [3] durante o período de 1820-1821 tais como sucedem em grandes reavivamentos. Por exemplo, em 1820 a Igreja Batista em Palmyra somente recebeu 8 pessoas através de profissão de fé e batismo; a Igreja Presbiteriana foi acrescida de 14 membros, enquanto que o circuito Metodista perdeu 6 membros, caindo de 677 em 1819 para 671 em 1820 e descendo para 622 em 1821. [4]


Em seu relato de 1838, Joseph Smith afirmou que sua mãe, irmã e dois irmãos foram levados a entrar para a Igreja Presbiteriana local como resultado desse reavivamento de 1820. Entretanto, a mãe de Joseph, Lucy, nos conta que o reavivamento que a levou a entrar para a igreja aconteceu depois da morte de seu filho, Alvin. Alvin morreu em 19 de novembro de 1823, e em seguida àquela perda dolorosa Lucy Smith relata que:
". . . nessa época houve um grande reavivamento na religião, e a vizinhança inteira ficou muito entusiasmada com o assunto; e nós, em meio ao resto do pessoal, nos arrebanhamos para a casa de reuniões para ver se havia uma palavra de consolo para nós, que pudesse aliviar nossos sentimentos sobrecarregados" (Primeiro esboço de Lucy Smith's History ["A História de Lucy Smith,"] pág. 55, Arquivos da Igreja SUD).


Lucy acrescenta que embora seu marido somente houvesse participado das primeiras reuniões, ele não fazia objeção de que ela ou as crianças "fossem à igreja ou se tornassem membros."
Existe bastante evidência adicional de que o reavivamento ao qual Lucy se refere tenha mesmo ocorrido no começo da primavera de 1824. Foi relatado em pelo menos uma dúzia de jornais e informativos religiosos (veja por exemplo, uma carta de George Lane, datada de 25 de janeiro de 1825, no Methodist Magazine 8, [abril de 1825]: 159, e uma nota num jornal de Palmyra, o Wayne Sentinel 1 [15 de setembro de 1824] :3). [5]
Registros de igrejas dessa época mostram relevantes acréscimos no número de membros devido ao recebimento de novos convertidos. A Igreja Batista recebeu 94, a Igreja Presbiteriana 99, enquanto que a obra Metodista aumentou mais 208 membros.
Porém, nenhum reavivamento trazendo "grandes multidões" ocorreu em 1820 na área de Palmyra-Manchester, como Joseph alegou. Fica claro, a partir destas evidências, que o reavivamento que Joseph Smith descreveu nao ocorreu em 1820, mas em 1824.
Quando Joseph Smith escreveu a versão de 1838 de sua história, ele arbitrariamente mudou o reavivamento quatro anos para trás e o fez parte de uma estória da Primeira Visão que nem sua mae nem outros associados próximos tinham ouvido falar naqueles dias. (Para mais detalhes veja: Dialogue: A Journal of Mormon Thought [Diálogo: Um Jornal de Pensamento Mórmon],



Primavera 1969, págs. 59-100.)
Uma discrepância de quatro anos causa algum problema maior para a estória de Joseph? Certamente que sim! Joseph descreveu uma sequência de 10 anos de acontecimentos que começa com a Primeira Visão e termina com a publicação do Livro de Mórmon em 1830. Se esta sequência não começa até 1824, sobra apenas seis anos para se encaixar a sequência dos dez anos que Joseph alega que ocorreram antes do Livro de Mórmon ser impresso. Como aparece na história da escritura Mórmon, Joseph diz que em 1823, três anos depois da Primeira Visão de 1820, ele foi visitado pelo anjo Moroni. Moroni fala para Joseph sobre as placas de ouro, mas diz que ele deveria esperar quatro anos até obtê-las. Em 1827 Joseph consegue as placas de ouro e três anos mais tarde (1830) publica o Livro de Mórmon.


Entretanto, lembre-se que Joseph ligou a Primeira Visão a um grande entusiasmo na área de Palmyra-Manchester. Como documentado acima, agora sabemos que este reavivamento ocorreu, nao em 1820 mas em 1824. Isto significa que a visita inicial do anjo Moroni três anos depois da Primeira Visao teria que ser datado em 1827. Quando nós acrescentamos os quatro anos adicionais que Joseph disse que tinha que esperar para conseguir as tábuas, ele não as poderia ter recebido até 1831. A esta altura o Livro de Mórmon já estava impresso.
A sequência de 10 anos de acontecimentos que Joseph desvenda nesta estória da Primeira Visão simplesmente não se encaixa no período de tempo entre 1824 e a data de publicaçao do Livro de Mórmon em 1830.

Como é que a estória das origens dos Mórmons se torna tao confusa? Parte da resposta é encontrada no fato de que o próprio Joseph Smith contou a história de várias maneiras diferentes.

O avivamento de 1820 e a primeira visão de Joseph
O relato de sua primera visão, dado por Joseph Smith, é uma história fantástica. Mas por ser uma visão, uma experiência pessoal, não há como provar sua veracidade.
Os que a aceitam, tem que aceitá-la pelo testemunho de um rapaz de 14 anos, sem que outros a verifiquem.



Se alguem rapaz de 14 anos dissesse hoje que Deus lhe visitou e que disse que a igreja SUD é apóstata, iriam crer facilmente nele como crêem em Joseph Smith? E se não, por que não?
Haveria tanta evidência a favor de sua visão como para a de Smith. Qualquer uma das duas requer que se aceite seu testemunho por fé sem qualquer evidência.


A Bíblia, por outra parte, afirma que "ninguém jamais viu a Deus" (Jo. 1:18, 1 Jo. 4:12). Em em Ex. 33:20 também Deus diz: "não me verá o homem e viverá". Uma razão porque os homens não podem ver a Deus é porque Deus é Espírito (Jo. 4.24) e o espírito é invisível. Assim diz Cl.1:15 e 1 Tm. 1:17, que Deus é invisível. E 1 Tm. 6:16 diz que Deus "habita em luz inacessível, a quem nenhum dos homens tem visto nem pode ver".
No entanto, o relato de Joseph Smith não só contradiz a Escritura, mas a história secular também. Não há maneira de examinar sua pretensão de haver visto a Deus.
Mas pode-se pôr à prova os eventos que moveram Smith a perguntar a Deus: "qual igreja tem razão?"

Na Pérola de Grande Valor, Smith diz que houve uma grande agitação entre todas as seitas na região onde vivia e que "grandes multidões se uniam aos diferentes partidos religiosos". Menciona especialmente as igrejas metodista, presbiteriana e batista entre as que tomaram parte no grande avivamento. Nos versículos 14 e 22, diz que isto sucedeu em 1820, quando ele tinha 14 anos.

Mas Wesley Walters examinou todas as crônicas disponíveis naquela região, buscando informações sobre tal avivamento. Descobriu que não há menção de nenhum avivamento ali em 1820 (veja seu folheto New Light on Mormon Origins, publicado pela "Utah Christian Tract Society" Box 725, La Mesa, CA., 92041). Um avivamento da importância indicada por Smith sempre deixa sinais. Mas se houve tal avivamento em Palmyra em 1820, ninguém viu exceto Smith.


Guilherme Smith, irmão de Joseph, escreveu um livro chamado William Smith on Mormonism, citado comumente pelos líderes dos SUD sobre o avivamento de 1820. Mas Guilherme Smith não fixa a data do avivamento de 1820. Diz que aconteceu em 1822 e 1823 e que José tinha 18 anos (isto estabeleceria a data em 1824). Diz que o avivamento foi dirigido por um ministro presbiteriano, o Rev. Stockton, o que havia pregado no funeral de Alvin Smith, antes dessa data, indicando que Alvin foi ao inferno. E que por isto Joseph Smith não se uniu à igreja presbiteriana.
Mas se o Revdo. Stockton pregou no funeral de Alvin antes desse avivamento este não poderia ter acontecido em 1820, porque a lápide em seu túmulo diz que morreu em 19 de novembro de 1823. A data 19 de novembro de 1824, na Pérola de Grande Valor, é um erro.

O jornal Wayne Sentinel de Palmyra, Nova Iorque, mostrou o anúncio em vários números começando em 25 de setembro de 1824, dizendo que Joseph Smith (o pai do profeta Smith) mandou desenterrar o corpo de Alvin. Joseph disse que o avivamento teve lugar na primavera; assim, a data mais antiga em que poderia acontecer depois da morte de Alvin, seria 1824.
Além disso, o Rev. Stockton e o Rev. Lane (mencionados como tomando parte no avivamiento) chegaram a Palmyra somente em 1824 e o Rev. Lane não chegou até julho desse ano para começar a trabalhar no círculo metodista e ficou somente até janeiro seguinte por sua má saúde.
Estes dados foram perfeitamente confirmados. Qualquer avivamento em que os dois tomaram parte, teria que acontecer na última parte de 1824, não em 1820. O Wayne Sentinel reporta um avivamento em 1824-25, mas nada de tal coisa em 1820.


Os jornais nada disseram sobre a visão de Joseph Smith, nem da perseguição que disse que sofreu em 1820. Se o clamor e o movimento nas igrejas existiu, tal como Joseph o descreve na PGV 1:5, 6,9 e 10, é difícil crer que nesse mesmo ano as igrejas se uniram para perseguir o rapaz de 14 anos (Joseph diz que tinha essa idade, no v.22).


As crônicas desse período não indicam nenhum conflito eclesiástico como Joseph Smith o menciona. As estatísticas conservadas pelas várias igrejas tampouco indicam nenhum avivamento em 1820 em Palmyra. A igreja presbiteriana registrou avivamentos em 1817, 1824, 1829 e em outros anos, mas nenhum em 1820. A igreja batista ganhou exatamente cinco membros pelo batismo em 1820. O circuito metodista que incluía Palmyra, registrou perdas de 23 pessoas em 1820 e de 40 em 1821. Isto dificilmente indica que houve avivamento em 1820 em que "grande multidões se uniam aos diferentes partidos religiosos" como afirma PGV, Joseph Smith 1:5.


Mas já em 25 de setembro de 1825 o avivamento já havia terminado. Os presbiterianos registraram um aumento de 99 pessoas, os batistas 94 e os metodistas, 208. Se Joseph teve sua primeira visão na primavera depois do avivamento, teria sido em 1825. Mas essa data foi depois da "segunda visão". Esta aconteceu, segundo ele, quando Moroni lhe falou das placas de ouro em 21 de setembro de 1823. Por isto, a visão de Moroni teria que ser mudada a outra data não antes de setembro de 1825.


Smith informa haver visto a Moroni sucessivamente por quatro anos, detalhe que nos leva a setembro de 1829, ou seja, antes de receber as placas de ouro. Só então poderia dar início sua tradução (PGV, José Smith 1:29 y 53). Mas como se poderia traduzir todo o LM em junho de 1829, se Smith não recebeu as "placas de ouro" até setembro de 1829? (veja A Short History of the Church of Jesus Christ of the Latter Day Saints, p. 18.)

A data do avivamento é muito importante. Se não houve avivamento em 1820, falta o motivo que levou Smith perguntar a Deus qual igreja tinha razão. E se foi o avivamento de 1824-25 o que provocou a pergunta de Smith, então a história dos mórmons e sua cronologia estão em terrível conflito.

2 comentários:

  1. Informação o avivamento religioso na América do norte ocorreu entre os anos de 1818 a 1838, com vários debates teológicos onde pastores, bispos e líderes das mais variadas denominações apresentavam suas idéia sobre Deus, Jesus Cristo e os escritos bíblicos, isso só ocorreu porque a América foi o ÚNICO local entre todas as américas onde se era permitido a liberdade, fato se faz quando ao pesquisar os tipos de colonização das Américas notamos que diferente das Américas centrais e do sul a América do norte foi uma colonização onde seus colonos tinham desejo de exercer e estabelecer cidades e desenvolver a região, visto que do outro lado do mundo mais precisamente na Europa o único pais com liberdade religiosa frete e igreja católica romana era a Inglaterra principal retudo dos colonos residentes na América.
    Ao estudar a história norte americana e fato afirmar que o avivamento foi um processo com período de duração entre 1918 a 1938 tendo seus ápíces entre os anos de 1820 a 1830, ou seja dentro do período afirmado por Joseph Smith.
    Outro detalhe importante é que todas as fontes citadas são extraídas de folhetos e livros anti mormonismo, ou seja, já com pré conceitos definidos, os fatos citados acima são parte de trechos de livros de história americana não escritos nem por mormons como anti mormons.
    Não existe conflito na cronologia mais detuparção de datas e fatos

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  2. É importante que o amigo fico sabendo que as fontes são da própria IM,ou seja,de livro de pessoas ligada ao mormonismo na época.

    As informações são legítimas e mostra exatamente o que a IM não diz abertamente,isso é fato.

    Foram usados materias da época como jornais e livros de mórmons,então fica a seu critério acreditar ou não,devo te lembrar que estou aqui não para te convencer e sim para compartilhar fatos reais que a IM esconde debaixo do tapete.



    Missão

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