quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

A PRIMEIRA VISÃO DE JOSEPH SMITH










A autoridade do amor




Um dos principais emblemas do cristão verdadeiro é o amor. João 13:35 diz: "Nisto conhecerão todos que sois meus discípulos, se tiverdes amor uns aos outros." Uns crêem que isto significa que jamais devemos criticar a religião do nosso próximo. "Atacar a religião do nosso próximo. "Atacar a religião dos outros não é amor" - dizem. Esta afirmativa seria verdadeira se antes não examinássemos nossa própria religião e não a comparássemos com o padrão de Deus, a Bíblia.



Outra reação dos que questionam nossa autoridade de testemunhar podia ser: "Não julgueis para que não sejais julgados" (Mateus 7:1). Segundo Mateus 7:5, este versículo é dirigido aos hipócritas. Por outro lado, João 7:24 diz aos crentes que "Não julgueis segundo a aparência, e, sim, pela reta justiça"; não segundo a aparência, mas segundo a Palavra de Deus.



É trágico que hoje em dia alguns de nós, os crentes, temos, em nome do amor, retido a verdade aos que estão no erro, por não querermos ofendê-los ou por não amá-los o suficiente. Lembre-se de que o amor verdadeiro previne.



É verdade que não devemos dar importância demasiada `as coisas mínimas. Pode ser desnecessário dizer ao próximo que ele possui mau hálito ou que uma telha de sua casa está solta. Entretanto, se ele estiver dormindo e a casa pegar fogo, é crime não acordá-lo. Desculpa alguma e nenhuma declaração vazia de amor jamais satisfarão `a Deus em tais casos.



A autoridade da defesa



Como é que tudo isto se relaciona com a pergunta: É justo, é cristão examinar José Smith e questionar o mormonismo?" É justo porque José Smith atacou todos os cristãos e suas igrejas primeiro. José Smith declarou em seu livro "inspirado" Pérola de Grande Valor, que todas as outras igrejas estavam erradas, que todos os credos eram uma abominação e que todos os mestres eram corruptos.



De um só golpe José Smith condena todas as igrejas, todas as crenças e todos os cristãos. Claramente diz que não havia um só cristão verdadeiro na face da terra ao tempo em que recebeu sua primeira visão, e que não tinha havido por centenas de anos.



Alguns líderes mórmons têm-nos desafiado a examinar O Livro de Mórmon, que, naturalmente, deve incluir seu autor e seus seguidores. Orson Pratt, apóstolo mórmon, disse:



"Este livro deve ser verdadeiro ou falso... Se for falso, é uma das imposições mais espertas, malignas, audazes e profundas, feitas ao mundo com o propósito de enganar e arruinar milhões que a receberão sinceramente como a Palavra de Deus, e pensarão estar seguramente edificados sobre a rocha da verdade até que, com suas famílias, sejam lançados no desespero total. A natureza de mensagem de O Livro de Mórmon é tal que, se verdadeira, ninguém poderá rejeitá-la e ainda salvar-se; se falsa, ninguém poderá recebê-la e salvar-se. Portanto, cada alma no mundo tem interesse igual tanto na determinação de sua verdade como de sua falsidade... Se, depois de um exame minucioso descobrir que é uma imposição, deve ele ser exposto ao mundo como tal; as provas e argumentos pelos quais a falsidade foi detectada devem ser, clara e logicamente afirmados para que os que foram enganados, embora de boa mente, percebam a natureza do engano e sejam restaurados, e que os que continuam a publicar a ilusão sejam expostos e silenciados...mediante provas aduzidas das Escrituras e da razão."[1]



Concordamos plenamente! É cristão examinar José Smith e questionar o mormonismo, porque se nos mandou fazê-lo, tanto para nosso próprio bem como para o bem de todos os mórmons.



Examinar José Smith é cristão e racional pois diz ele ser profeta de Deus e diz-nos a Bíblia "pelos frutos os conhecereis." O Livro de Mórmon, A Pérola de Grande Valor, Doutrina e Convênios, o mormonism e o movimento inteiro dos mórmons giram em torno desta questão básica: "É José Smith verdadeiramente um profeta de Deus?"



Perguntamos: se hoje um adolescente tivesse uma visão que lhe revelasse que todos os mórmons eram apóstatas e corruptos; que seus credos eram uma abominação a Deus, os mórmons receberiam sua história, sem provas, tão rapidamente quanto aceitaram a visão de José Smith? Por que não?



Com a ajuda de Deus procuraremos examinar justa e honestamente José Smith e alguns de seus ensinos, pois as Escrituras e o amor de Cristo a tanto nos constrangem. Deus ama a mórmons e a não-mórmons. Cristo morreu por todos nós. Perante Deus todos somos iguais - simples pecadores que precisam de um Salvador. Nesse sentido, estamos todos no mesmo pé. Precisamos fazer distinção clara e positiva entre mórmons e mormonismo. Oramos para que Deus nos dê um coração contrito e nos encha com seu amor pelos mórmons, e pensamos que isto ele já fez. Deus, e talvez os outros, possam julgar tal fato melhor do que nós. Mas amar o povo mórmon é uma coisa muito diferente que amar o mormonismo; assim como Deus pode amar o pecador, mas não o pecado. Por favor, tenha em mente essa distinção ao examinar a reivindicação de José Smith e do mormonismo.

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Nota

[1] Orson Pratt, Divine Authority of the Book of Mormon (Autoridade divina do Livro de Mórmon) introdução, uma série de panfletos publicados em 1850-51. Citado por Arthur Budvarson em, The Book of Mormon - True or False? (O Livro de Mórmon - falso ou verdadeiro?) - Concord, California, Pacific Pub. Co., 1959.





José Smith e a Primeira Visão




Muitos que lêem este livro poderão perguntar: Onde os mórmons conseguiram idéias tão diferentes acerca de Deus e de Cristo? Qual é a fonte de sua doutrina? Onde sua igreja realmente se originou? Qual é o fundamento sobre o qual se firmam suas crenças?



De maneira muito breve, os mórmons ensinam que o verdadeiro evangelho desapareceu da terra logo depois da era da igreja apostólica. Crêem que todas as igrejas de então se tornaram falsas, e que não tinham autoridade dada por Deus. Todos os cristãos professos, durante centenas de anos eram corruptos, falsos, apóstatas. Então Deus restaurou o verdadeiro evangelho e sua autoridade original mediante um jovem chamado José Smith. Um anjo apareceu, em visão, ao jovem José e depois levou-o a algumas placas de ouro escondidas perto de Palmyra, no estado de Nova lorque. Destas placas, Deus fez com que José Smith fosse capaz de produzir O Livro de Mórmon, o primeiro livro inspirado, o fundamento do mormonismo.



Uma vez que José Smith declarou que todas as igrejas, sem exceção, são falsas e todos os seus membros são corruptos, parece-nos justo contestá-lo. Se José foi um verdadeiro profeta de Deus, então a Primeira Visão devia ser clara e indiscutível, pois Deus não é autor de confusão. Mas, ouçamos as próprias fontes mórmons quanto à importância desta Primeira Visão.



Primeira Visão de 1820



David O. McKay, apóstolo e líder mórmon declarou: "A aparição do Pai e do Filho a José Smith é o fundamento desta igreja."[1]



O apóstolo mórmon John A. Widtsoe disse: "A Primeira Visão, de 1820, é de importância vital à história de José Smith. Sobre sua realidade descansam a verdade e o valor de seu trabalho subseqüente."[2]



Obviamente, a integridade de José Smith e a verdade do mormonismo estão em jogo. Se a Primeira Visão for o fundamento sobre o qual se firma o mormonismo, examinemos, em atitude de oração e mui cuidadosamente, esse fundamento.



A igreja mórmon diz que José Smith teve uma visão em 1820, quando era um mocinho de 14 anos de idade. Esta visão aconteceu na "manhã de um lindo e claro dia, nos primeiros dias da primavera de 1820". José Smith tinha ido aos bosques orar a fim de saber "qual de todas as seitas era a verdadeira". Enquanto orava, viu dois personagens pairando acima dele no ar. Um dos personagens apontou ao outro e disse: "Este é o meu Filho Amado. Ouve-o." Então um dos personagens, aos quais José Smith identifica como o Pai e o Filho, disse-lhe que todas as igrejas estavam erradas.



É estranho que não se mencione esta visão nos registros mais antigos da igreja mórmon e a Improvement Era (Era da Melhoria), admite: "O relato oficial" de José Smith de sua primeira visão e das visitas do anjo Moroni foi...publicado pela primeira visão em Times and Seasons (Tempos e Estações) em 1842."[3] Isto, 22 anos depois do que se supõe ter o evento acontecido. Mesmo assim a primeira visão é vista como o fundamento da igreja mórmon que começou em 1830! O Livro de Mórmon foi publicado em 1830 também. Por que José Smith não deu um relato oficial da visão antes de 1842?



Por anos, os mórmons declararam enfaticamente: "José Smith viveu pouco mais de 24 anos depois desta primeira visão. Durante esse tempo ele contou somente uma hostória!"[4] Isto, é claro, não é verdade. Jerald e Sandra Tanner, no seu panfleto, The First Vision Examined (Exame da Primeira Visão), mostraram que existiam na igreja mórmon duas versões, além da versão oficial de Smith, mas não foram publicadas até que Paul Cheesmand, aluno da Universidade Brigham Young as expôs em 1965.



Outro relato da primeira visão veio à luz por intermédio de James B. Allen, professor assistente de História na UBY, em 1966, depois dos mórmons, por vários anos, negarem a existência de outras versões! Estas versões contêm discrepâncias importantes da versão oficial. Para uma explicação detalhada e erudita, veja o panfleto de Tanner, The First Vision Examined.



Até Brigham Young, que teve 363 de seus sermões registrados no Journal of Discourses (Diário de Discursos), como profeta "inspirado" sucessor de José Smith, não menciona a Primeira Visão. O bibliotecário mórmon Lauritz G. Petersen,numa carta datada de 31 de agosto de 1959, escreveu: "Tenho examinado o Journal of Discourses (Diário de Discursos) que registra muitos do sermões de Brigham Young. Nada há ali por Brigham Young sobre a primeira visão de José Smith."[5]



É bastante estranho que Oliver Cowdery, o primeiro historiador mórmon (segundo Doctrines of Salvation (Doutrinas da Salvação), volume 2, página 201), nem mesmo se refira à Primeira Visão. Cowdery foi uma das três testemunhas principais de O Livro de Mórmon. Earl E. Olsen, bibliotecário mórmon, da Igreja dos Santos dos Últimos Dias, escreveu numa carta de 24 de março de 1958: "Nos registros que temos em arquivo dos escritos de Oliver Cowdery e John Whitmer, tais como são, não encontramos referência à Primeira Visão."[6]



Primeira Visão de 1823



Entretanto, foi descoberto que Oliver Cowdery, auxiliado pelo próprio José Smith, publicou um relato da Primeira Visão no Messenger and Advocate (Mensageiro e Advogado), em setembro de 1834, e em fevereiro de 1835, diferindo em pontos importantes da "versão oficial" publicada mais tarde, em 1842. Na verdade, os primeiros relatos da igreja mórmon referentes à Primeira Visão de José Smith diziam que ele tinha 17 anos, e não 14.



(Bons amigos mórmons, honestamente embasbacados com as aparentes contradições e confusões que vamos apresentar, disseram-nos que tínhamos confundido a Primeira Visão de José Smith com outra visão ou visões que ele teve. Simpatizamos com a dor de coração que sentem pelo que os seguintes fatos revelarão. Entretanto, lemos muitas das visões de José Smith e estamos muito bem cônscios delas, como muitos outros estudiosos do mormonismo o estão. O próprio José Smith e outras autoridades mórmons declararam claramente que a visão que estamos discutindo foi a primeira. Devemos encarar a realidade, com gentileza mas firmemente.)



Orville Spencer, preeminente mórmon do começo da igreja, escreveu uma carta de Nauvoo, no estado de Illinois, em 1842, dizendo: "José Smith, ao ter as primeiras manifestações dos grandes desígnios dos céus, não estava longe da idade de dezessete anos." [7]



Ora isto está de acordo com o relato da idade de Smith, 17 anos em 1823, ao serem dados os primeiros relatos da visão, como prova o Messenger and Advocate, vol.1, páginas 78,79, referindo-se a um reavivamento que diz ter sido realizado em Palmyra e nos seus arredores no estado de Nova Iorque, mais ou menos na época da visão de José Smith. Enquanto esta excitação continuava, ele continuava a clamar ao Senhor em secreto por uma manifestação plena da aprovação divina e, para ele, a informação de grande importância, se um Ser Supremo existia, que tivesse a certeza de ser aceito por ele... Na noite do dia 21 de setembro de 1823, nosso irmão, antes de ir para o quarto, tinha a mente completamente envolvida com o assunto que por tanto tempo o havia agitado -- seu coração fazia oração fervorosa... enquanto continuava orando por uma manifestação, de alguma maneira, de que seus pecados haviam sido perdoados; esforçando-se para exercitar fé nas Escrituras, de repente uma luz como a do dia, só que de uma aparência e brilho mais puros e gloriosos, invadiu o quarto... e num momento um personagem apareceu perante ele... ouviu-o declarar ser o mensageiro enviado por mandamento do Senhor, para entregar uma mensagem especial e testemunhar-lhe que seus pecados estavam perdoados."[8]



Notem, por favor, que esta é uma fonte mórmon, e um relato oficial mórmon admitindo que José Smith, aos 17 anos de idade em 1823, nem mesmo sabia se existiam ou não um Ser Supremo, embora mórmons posteriores digam que ele teve uma visão do Pai e do Filho, em 1820, aos 14 anos de idade!



De fato, o líder e apóstolo mórmon David O. McKay declarou que esta Primeira Visão, que José Smith declarava ter 14 anos, era o fundamento da igreja mórmon! Por que, então José Smith nem mesmo sabia da existência de um Ser Supremo, em 1823, aos 17 anos de idade?



Primeira Visão e Anjos



Além disso, no Deseret News (Notícias Deseret), de 29 de maio de 1852, cita-se José Smith dizendo: "Recebi a primeira visitação dos anjos quando tinha cerca de quatorze anos de idade." Isto mostra outra discrepância de muitas fontes mórmons. Os relatos mais antigos da visão dizem que um anjo apareceu a José Smith, não o Pai e o Filho.



Afirmou o apóstolo Orson Pratt: "Logo um indivíduo obscuro, um jovem, levantou-se, e no meio de toda a cristandade, proclamou as novas espantosas de que Deus lhe havia enviado um anjo... isto ocorreu antes de este jovem ter 15 anos de idade."[9] Isto obviamente se refere à Primeira Visão de Smith.



John Taylor, o terceiro presidente da igreja mórmon, afirmou: "Como é que se originou este estado de coisas chamado mormonismo? Lemos que um anjo desceu do céu e revelou-se a José Smith e manifestou-lhe, em visão, a verdadeira posição do mundo do ponto de vista religioso."[10]



A despeito da evidência irrefutável dos próprios apóstolos mórmons, a história da Primeira Visão cresceu e foi mudada até chegar `a versão de hoje: que José Smith viu o pai e o Filho. Segundo a versão atual, em 1820, quando tinha quatorze anos de idade, José Smith viu uma coluna de luz. "Logo após esse aparecimento, senti-me livre do inimigo que havia me sujeitado. Quando a luz repousou sobre mim, vi dois Personagens, cujo resplendor e glória desafiam qualquer descrição, em pé, acima de mim, no ar. Um Deles me falou, chamando-me pelo nome e disse, apontando para o outro : Este é o meu Filho Amado. Ouve-O."[11]



Nem José Smith, nem os apóstolos inspirados dos mórmons que o citaram estão de acordo com a história original acerca do ano, da idade de José nem do conteúdo da visão.



A Primeira Visão e o Sacerdócio



O próprio José Smith deu prova positiva de que ele não viu o Pai e o Filho em 1820. Em 1832 José Smith disse ter uma revelação de Deus na qual afirmava que o homem não pode ver à Deus sem o sacerdócio. Mas como o próprio José Smith admitiu, ele não era sacerdote em 1820, nem reivindicou para si mesmo esse ofício até os princípios de 1830![12]



A revelação de José Smith, de 1832, concernente ao sacerdócio está registrada na seção 84 de Doutrinas e Convênios, versículos 21,22: E sem as suas ordenanças, e a autoridade do sacerdócio, o poder de divindade, não se manifesta aos homens na carne; Pois, sem isto nenhum homem pode ver o rosto de Deus, o Pai, e viver."



O apóstolo mórmon Parley P. Pratt declarou: "A verdade é esta: sem o sacerdócio de Melquisedeque, `homem algum pode ver à Deus e viver!"[13] José Smith não era sacerdote em 1820. Se sua revelação de que homem algum pode ver a Deus sem o sacerdócio fosse verdadeira, então José Smith jamais havia visto à Deus e sua alegação em 1842 de que em 1820 fosse verdadeira, então sua revelação em 1832 que homem algum poderia ver à Deus sem o sacerdócio era falsa. De qualquer forma isto mostraria que José Smith não era o profeta de Deus que algumas pessoas pensavam que fosse.



Moroni ou Nefi



Outro problema digno de menção relacionado com isto é que o anjo que disse ter aparecido a José Smith é quase sempre chamado de Moroni, tanto por José Smith como por outros escritores mórmons. Entretanto, na primeira edição de 1851 de Pérola de Grande Valor, página 41, o nome do anjo era Nefi e não Moroni. Mais provas acerca disto podem ser encontradas em Times and Seasons (Tempos e Estações), volume 3, páginas 479 e 753, e nos escritos da mãe de José, Lucy Mack Smith, em seus Esboços Biográficos (Biographical Sketches) de 1853.



Em Resumo



Parece estar em ordem algumas observações acerca de José Smith e da Primeira Visão. David O McKay, ex-presidente e inspirado apóstolo mórmon, declarou ser a Primeira Visão o fundamento da igreja mórmon. Sobre isto descansa finalmente toda a autoridade que os mórmons dizem ter.



Perguntamos: por que tantos líderes, apóstolos, presidentes e escritores mórmons andam tão confusos acerca do que José Smith viu ou não viu? Por que o próprio José Smith fez vários relatos totalmente irreconciliáveis da Primeira Visão? Por que a versão de José Smith e a versão oficial dos mórmons não saiu até 1842 se esta visão é tão importante para o mormonismo? A igreja começou em 1830, e O Livro de Mórmon foi publicado em 1830, mas a visão de 1820, sobre a qual a igreja foi fundada, não foi dada oficialmente até 1842!



Por que temos "revelações" contraditórias dadas por Deus ao seu apóstolo inspirado? Deus nunca se contradiz. Quando qualquer palavra ou revelação é contraditória não pode ser de Deus. José Smith realmente teve uma visão? Se assim foi, quando? Com que idade? O que ele viu realmente? Foi um anjo bom ou um anjo mau, se teve uma visão? Foi um espírito de Deus ou um dos espíritos de Satanás que lhe apareceu como um anjo de luz? "E não é de admirar, porque o próprio Satanás se transforma em anjo de luz. Não é muito, pois, que os seus próprios ministros se transformem em ministros de justiça; e o fim deles será conforme as suas obras" (2 Coríntios 11:14, 15).



Pense novamente nas contradições do tempo da visão, da idade de José Smith, e do conteúdo da visão. Pense acerca da revelação que José Smith teve em 1832 que só os que foram ordenados ao sacerdócio poderiam ver a Deus e viver, mas dizia-se que ele havia visto `a Deus em 1820, muitos anos antes de ter sido feito sacerdote por seu própio testemunho. 1 Coríntios 14:33 diz: "Porque Deus não é de confusão; e, sim, de paz. Como em todas as igrejas dos santos."



Não conforta nada saber que muitos cultos começaram com uma visão--ou alegações de uma visão ou por não crerem na Palavra de Deus, ou por não crerem que ela fosse suficiente. Deus, portanto, enviou-lhes "a operação do erro" para que cressem na mentira (veja 2 Tessalonicenses 2:10-12).



Finalmente, os mórmons precisam examinar seriamente Gálatas 1:8: "Mas, ainda que nós, ou mesmo um anjo vindo do céu vos pregue evangelho que vá além do que vos temos pregado, seja anátema."



Se esta Primeira Visão for o fundamento, vejamos o que José Smith sobre ele construiu.



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Notas

[1] David O. McKay, Gospel Ideals (Ideais do evangelho) - (Salt Lake City: The Church of Jesus Christ of Latter-Day Saints, 1953), página 85.

[2] John A. Widtsoe, Joseph Smith - Seeker After Truth (Joseph Smith - buscador da verdade) - (Salt Lake City: Deseret Book Co., 1951), página 19.

[3] Improvement Era (Era da Melhoria), julho de 1961, página 490. (Periódico mensal publicado pela igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias.)

[4] Joseph Smith, The Prophet (Joseph Smith, o profeta) - 1944, página 30. Citado por Jerald e Sandra Tanner em The First Vision Examinded (Exame da primeira visão) - Salt Lake City: Modern Microfilm Co., 1969 - página 2.

[5] Jerald Tanner, Mormonism: A Study of Mormon History and Doctrine (Mormonismo: Estudo da história e doutrina mórmons) - (Clearfield, Utah: Utah Evangel Press, 1962), página 79.

[6] Tanner, Mormonism, página 8.

[7] Millenial Star (Estrela Milenar), vol. 4, página 37.

[8] Messenger and Advocate (Mensageiro e advogado), vol. 1, pp. 78,79. Citado por Tanner em The First Vision Examined (Salt Lake City: Modern Microfilm co., 1969), p. 15.

[9] Journal of Discourses (Diário de discursos) - Liverpool, England : F.D. e S. W. Richards, Pub., 1854. Edição reimpressa, Salt Lake City, 1966), vol. 13, pp. 65,66. O Journal of Discourses é uma coleção de sermões por Brigham young, Orson Pratt, Heber Kimball e outros de 1854 a 1886.

[10] Journal of Discourses, vol. 10, p. 127.

[11] Joseph Smith, Pérola de Grande Valor - (Salt Lake City: A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, 1958), p. 48, #17. (Na edição brasileira, de 1967, p. 56, #17.)


[12] Bruce R. McConkie, ed. Doctrines of Salvation (Doutrinas da salvação) - (Salt Lake City: Bookcraft, Inc., 1954), vol. 1, p. 4.

[13] Parley P. Pratt. Writings of Parley P. Pratt (Escritos de Parley P. Pratt) p. 306. Citado por Jerald e Sandra Tanner em Mormonism, Shadow or Reality (Mormonismo - sombra ou realidade) - (Salt Lake City: Modern Microfilm Co., 1972), p. 144.




Floyd C. McElveen (Tradução de João Barbosa Batista - Editora Vida)



Institute for Religious Research



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